29 agosto 2011

Suspiro

De todas as noites com menor ou maior quantidade de estrelas, haverão sempre umas ou outras em que os zumbidos mentais me levarão à todas as possíveis não-me-quer pétalas de sono. Ter o corpo desperto e a mente fora de qualquer limite tocável sempre foi muito fácil. Não raro acredito no que penso quando penso que não deveria crer. É como se soassem sinos um tanto atraentes e que fizessem-me mudar de foco. Aliás, essa palavra foco é algo embaçado demais em dias passageiros como tem sido os meus. "Eu, eu, eu". Esse egoísmo em querer ser diferente sem perceber que sou mais uma no meio de um monte de pessoas que sentem bem mais do que eu - ou bem menos - mas por quê, por quê julgar se, afinal de contas, experiências vão ir e vir sem que o dia tenha soado o fim ou que tenhamos nos apercebido delas? Funciona assim: se acredito nas possibilidades de um momento ou outro elas serão bem maiores do que aquelas às quais não dei muito valor. E o que são possibilidades se não um dia bonito lá fora, um sopro de vento que toca o suor, uma gota de chuva que brinca de nos beliscar ligeira... Mais, mais do que isso, mais do que qualquer foco que eu não consiga ter ou mensurar, os dias vão contar independente do meu querer e, o tempo vai ir levando com eles os dias que eu deixei de ter.Creio em fadas, elfos, sílfides e todos os nossos bons e delicados amiguinhos elementais. Creio que se eu peço auxílio, se eu faço uma prece ao Deus que toca a todos nós, que se eu penso com muita fé em todas as preciosidades mais puras que dimensiono existir , que olha! A ampulheta que leva a areia do segundo que não volta mais trás o aprendizado do pedido meu.
Quero ter bons amigos, sabe? Ter sentimentos especiais ou que me façam especial. Qual de nós não quer? Quem afinal é auto-suficiente pra se bastar?
Respira fundo. Isso também passa.