16 abril 2012

"If you are a bird, I am a bird."


Minha mente tem estado inquieta quando penso em alguns detalhes aos quais me detenho profunda e intensamente. Toda manhã quando estou em minha sala de aula, na Psicologia, observo de onde fico um fio de energia onde estacionam-se vários -muitos mesmo!- passarinhos. Ora, como consigo me sentir a vontade quando converso com eles, já sinto-me bastante amiga e mesmo íntima destes pequenininhos. São incríveis. Quando estou em profunda cisma sobre qualquer aspecto que insiste em confundir minha imaginação irrefreável olho à janela procurando-os.Ah quando eles não estão lá! Quando preciso que eles cheguem e se atrasam; Sinto-me só enquanto não pousam naquele fiozinho por um pouco. Ao observar que vieram alivio-me. Parece que posso respirar fundo e num suspiro esvaziar o que dói. Efêmeros esses meus amigos. Nunca os sei quem são, seus nomes, suas espécimes. Nunca. Mas são delicadíssimos e mesmo muito discretos. Colhem em minhas reflexões todo peso e angústia que nelas depositei até aquele momento sem reclamarem se é dor muita pra um passarinho só, ou se terão de trabalhar muito para que o vento aceite levar tantos ais revigorando-os em ar puro. Aí vem o suspiro. São tão breves nesse processo imenso e complicado que impressiono-me com sua rapidez. Quando penso que eles chegaram e respiro... nossa! O ar puro já chegou.

(obs.: olhem o beija-florzinho conversando com o passarinho do cabeçalho! )